A fórmula de gestação aplicada para o Requiem Mezzo Forte é a mesma para os álbuns prévios. Mas é claro, existe suas profundas particularidades. É possível até dizer que se trata do álbum mais bem produzido pelo grupo australiano. A inclusão de vocais líricos e violinos mais transparentes trouxe uma dimensão mais melancólica para as facetas do VIRGIN BLACK. Os coros de vocais masculinos e femininos marcam uma presença forte em todo o contexto. A orquestração foi elaborada pelo renomado músico australiano Bruce Stewart e produção dos próprios integrantes Rowan London e Samantha Escarbe. Toda a orquestração e produção não devem em nada para os temas sonoros para o Senhor dos Anéis por exemplo. Grande destaque vai também para os belos vocais sopranos de Susan Johnson. Partes atmosféricas são abundantes e muitas vezes tenebrosas (no bom sentido). No decorrer de todo o álbum, as lágrimas sonoras caem perante toda a uma esfera de suspense em total melancolia. Mas em nenhum momento, soa cansativo. É incrível como esses seres tiram de dentro de sim um verdadeiro rio de inspiração. A cada momento do entoar de Requiem Kyrie e In Death apresenta momentos de singularidade num verdadeiro mar de reflexão. Apesar das faixas apresentarem distinção entre si, existe uma conexão do fim ao princípio trazendo uma idéia conceitual e sonora, produzida de forma seqüencial e com total sentido como um todo. São mais de 52 minutos de pura arte, partes climáticas, melancolia e beleza traduzidas de maneira entoante e majestosa
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